domingo, 21 de maio de 2017

Um tempo para mim.

 Uau, faz muito tempo que não apareço por aqui.

 Faz muito tempo que não me sento e não penso com meus botões sobre o que acontece na minha cabeça, a partir do que está acontecendo na minha vida. E não, isso não é um diário; mas é um recanto para os meus pensamentos e um registro para consultas futuras, para o caso de eu ter falecido antes dos trinta ou estar saudosa e nostálgica aos quarenta, ainda com acesso à internet e cercada de cachorros, acompanhada de uma boa xícara de chá numa noite fria, como a nesta em que escrevo, do dia vinte e dois de maio de dois mil e dezessete.

 Gostaria de dizer que conquistei coisas incríveis nos últimos anos, que descobri novos mundos e me conheci mais do que nunca. Gostaria de dizer que fiz novas amizades importantíssimas, que ascendi no meu antigo emprego, que viajei a lugares exóticos e que fiz coisas extraordinárias.

 Mas não. Eu não sei mentir. Nem gosto. Nem quero fazer isso.

 Mudei muito, é verdade. Deixei de ser a garota introspectiva de sempre, para ser um pouco mais sociável e comunicativa. Continuo sendo difícil para lidar com assuntos banais e supérfluos, mas quanto ao resto, eu me adaptei. Adotei um novo cachorro, vira-latinha, chamado Yoda; que no momento deste texto, encontra-se cabisbaixo e preocupa-me devido a isso. Aprendi coisas variadas no colégio; escolas literárias, genética, estatística e probabilidade, economia, direito constitucional, trabalhista, societário, tributário. Filosofia, estudei ética e moral, felicidade. Sociologia, Marx, Durkheim. Geografia, geopolítica. História, fatos recentes e que marcaram nossa era. Afundei em Contabilidade, me perguntando se teria sido melhor ir ver o filme do Pelé cursar Meio Ambiente. Ingressei no inglês também, não escutando as recomendações de minha orientadora e recusando o Nível Avançado, para iniciar no básico. Larguei, porque não me sentia estimulada. Continuei estudando por conta própria. Inventei de aprender alemão. E sabe por quê?

 Porque vi Rammstein ao vivo. Vi Disturbed, HOLLYWOOD UNDEAD, Halestorm e Marilyn Manson também, mas a banda alemã me inspirou a aprender o idioma do meu amado Nietzsche. Posteriormente, aprendi a gostar de Faun. Die Toten Hosen. Decidi me aprimorar no idioma por conta da maior figura de inspiração que eu poderia ter no momento: minha professora de Língua Portuguesa, que batalhou pela minha sala durante nossos quatro anos sob seus ensinamentos. Uma das mulheres mais incríveis que tive o prazer de conhecer na minha vida. E tenho dito. Aliás... Claro que conhecer todas estas bandas importantes para mim durante a minha adolescência, só foi possível por conta do meu emprego à época. Um que começou como auxiliar na Secretaria Geral da Câmara Municipal da minha cidade e terminou na curadoria e no arquivo do Pró-Memória daqui também. Lugar que aprendi a amar com todas as minhas forças; lugar que me acolheu quando eu era apenas um ser extraviado e alheio, incompreendido no meu próprio meio, que não encontrava abrigo em plano algum. Lugar que me serviu de lar nas horas mais sombrias e de recanto quando tudo que eu precisava fazer era me distrair e manter minha mente focada em algo; fosse em conversas casuais ou ensinamentos sábios do meu antigo chefe. Este que eu também só conheci devido a um gestor igualmente magnífico, que também me ofereceu apoio nos momentos mais críticos que uma Menor Aprendiz, num mundo de gigantes corporativos, poderia enfrentar.

 Ainda falo demais. Quero dizer, ainda escrevo demais. Talvez porque não ande fazendo isso com frequência; na verdade, ando acumulando tudo que sinto. E isso não me faz bem, é verdade. Já não sou mais tão íntima do papel e da caneta, como era antes; agora os uso apenas para estudar. Estudar. Estudar. Empurrar informação no meu cérebro. Me preparar para concursos e vestibulares. Estes dos quais sinto um medo terrível, é verdade; estes que me fazem questionar-me internamente sobre meu futuro, de modo que eu acabe aos prantos cada vez que penso nestes detalhes acerca do que me aguarda lá na frente, mesmo que eu saiba que são testes feitos apenas para dinamizar ainda mais a exclusão social.

 É notável que também tornei-me militante. Apoiadora de causas com as quais, aos quinze, nunca me imaginei envolvida: identidade de gênero, política, economia, raça, feminismo. Adotei uma postura que nunca pensei antes, que pudesse ter. Deixei de engolir piadas racistas, homofóbicas e machistas. Saí de casa ao ser contrariada por fazer isso. Retornei ao lar quando quase desmaiei de fome. Aprendi mais sobre as religiões e passei a me esquivar dos intolerantes, por já ter sofrido com eles. Conheci também pessoas que apoiam minhas causas; pessoas que apoiam meus sonhos e acreditam no meu potencial. Mesmo que eu ainda duvide dele, afinal, veja só você: eu ainda misturo todos os assuntos por não saber como me conter. Como me controlar ao desabafar. Ou só ponderar mesmo.

 Fiz coisas que há muito desejava, também. Como cursar Auxiliar de Veterinária e ir a um show do The Pretty Reckless em SP. Conquistei meus dezoito anos e a carta de motorista ficou para trás; moldei o caráter do meu irmão e consegui trazê-lo um pouco mais para o lado "Nath da Força". Fui sozinha a lugares, voltei sozinha deles também. Arrumei relacionamentos para tapar-buracos, fui step de outras pessoas. Fracassei em novas interações sociais que envolvessem drogas ou bebidas; nunca tolerei isso. E não é agora que tolero. Passei a temer mais as ruas da minha cidade, deixando de ser tão imprudente quanto era aos quinze.

 Ainda assim, continuo sendo quem eu era. Não é o que dizem, afinal? Que alma é alma. Que temos um corpo e SOMOS um espírito. E é nisso que acredito. Sendo que, aliás, eu ampliei as minhas crenças, concentrei meus estudos nas minhas doutrinas e...

 É. Eu continuo sentindo e escrevendo demais.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Sobre as atualidades já antigas...

 Já fazia algum tempo que eu não me dedicava a escrever. Na verdade, ainda não estou de volta à atividade como eu estava antigamente, mas tudo bem. Eu entendo que inspiração é algo que se adquire. E, no momento, eu não vou forçá-la demais, porque corro o risco de, como um bicho arisco e extraviado ao ambiente no qual se encontra, fazê-la sair correndo.

 Seja como for, eu só tive essa súbita vontade de me sentar aqui e começar a comentar sobre coisas quaisquer, porque eu estou realmente indignada com os acontecimentos dos últimos dias. Como leitora assídua de portais como G1, O Globo, Estadão, Folha de São Paulo, SuperInteressante e outros sites mais de curiosidades ou notícias, posso dizer que as mais recentes estão me chocando como nunca me chocaram antes. Como futura historiadora (penso eu, já que lidar com psicologia criminal também está nos meus planos), há algumas considerações que eu gostaria de fazer, justamente porque acredito que no futuro, nas minhas salas de aula, diante dos livros aos quais meus alunos estarão expostos, haverão os acontecimentos que estou testemunhando atualmente; sendo que me encontro totalmente impotente diante deles, apesar de revoltada e realmente indignada com a imbecilidade do ser humano.

 Duas manchetes foram as que mais me impressionaram e me fizeram debater com vários e vários amigos, fosse no trabalho, na escola ou em casa mesmo. O rompimento da barragem em Mariana, em Minas Gerais e os atentados terroristas na França.

 Como eu disse, me imagino, daqui a alguns anos, fazendo com que meus alunos abram os livros de História e vejam os acontecimentos mais marcantes das últimas décadas. Todavia, infelizmente, tenho consciência de que a tragédia envolvendo lama em uma cidade brasileira, poderá não estar naquelas linhas. Quase não há certeza de que estes ataques ao povo francês também estejam, mas como todos costumam acreditar, o que é europeu, sempre terá mais chance de ser estudado pelo pessoal lá fora, do que o que é sul-americano. Ainda não consigo entender o motivo de não haver a mesma importância para todas as civilizações no mundo, mas tudo bem. Vamos aos comentários.

 Antes de qualquer parecer sobre os ocorridos de forma individual, eu gostaria de conciliá-los e dizer que não, nenhuma tragédia é maior do que a outra. Parece que o pessoal gosta de ficar comparando quem poderia estar sofrendo mais: família de quem perdeu alguém em atentados envolvendo armas e bombas ou as famílias desabrigadas por conta de erros humanos, de uma gestão e administração eivada e precária. Quase como se fosse possível justificar a dor destas pessoas ou consolá-las com comentários de piedade, condolências e tudo o mais. Quase como se... Por Deus, pregassem a empatia para com qualquer uma das pessoas envolvidas em uma das situações e desprezassem a outra. Por exemplo, como se quisessem vitimizar ainda mais os atingidos pela tragédia em Mariana e passassem a desprezar o horror que agora acomete o território francês, ou vice-versa.

 Isto é grotesco, antiético e, porque não dizer, totalmente irracional, sem fundamento, sem lógica alguma; o que só demonstra toda a falta de discernimento que pode haver em um ser.

 Mesma falta de discernimento que está causando este verdadeiro inferno na Europa. Religião nunca foi o meu forte, apesar de eu sempre gostar de estudar sobre assunto de maneira que pudesse enriquecer meus argumentos e tudo o mais; entretanto, qualquer pessoa em sã consciência reconhece que extremismos são mais do que ideologias; são armas carregadas e apontadas para a cara de qualquer um que se volte contra elas. Qualquer pessoa em sã consciência reconhece que radicalismo, seja ele na igreja cristã (vejamos os casos de pastores evangélicos que destroem terreiros do candomblé, ou islâmicos que perseguem a minoria cristã com todas as suas forças) ou em religiões/doutrinas quaisquer, é patético, doentio e totalmente fora de questão. Não há defesa para qualquer pessoa que se julgue superior por ser de determinada cor, de determinada origem, de determinada qualquer coisa. Que dirá para alguém que se julga melhor que outra pessoa só por crença. Credo. Imaginação.

 Porque não é querendo ofender, mas a religião não é nada mais do que isso: imaginação que resulta em fé e fé que, não sei eu dizer até hoje, pode mover montanhas para você. Fé é isso, acreditar que algo vai acontecer só porque você quer acreditar nisso. Há aquele tipo de fé que não faz mal a ninguém e que só te beneficia, que te ajuda a seguir com sua vida nos momentos mais difíceis. Mas, como há o dualismo em tudo que tocamos, vemos e somos, há também aquela fé que corrompe, que perturba e ensandece; que te dá nas ideias e que te faz cometer as mais absurdas atrocidades. Tudo em nome do que você acredita; seja em um Deus ou em uma ideologia. Sei lá eu a quantas anda o credo popular, atualmente.

 Então, munidos desta imaginação toda, os terroristas estão agindo agora. Já vimos outros, como o 11 de setembro e alguns mais sucintos, mas igualmente caóticos, como a derrubada de aviões em solos de conflito, Eu realmente não acredito que exista uma saída para este mundo, que não seja o bom senso; coisa que será difícil das pessoas terem em sua grande maioria, se hoje deixaram de matar por um pedaço de carne, como nossos ancestrais faziam, para matar em nome da religião.

 Sobre a tragédia em Mariana, o buraco é bem mais embaixo. Eu não sou nacionalista, nem patriota, mas não sou do tipo que vive para cima e para baixo dizendo que a culpa é da Presidente ou que todos os políticos são corruptos, que todos os problemas do Brasil envolvem o governo. Na verdade, na mais absoluta sinceridade, eu acredito que cada país tem o cuidado que merece; nosso povo é acomodado e preguiçoso, gosta de bancar o malandro e parece sempre reclamar de mais e mais responsabilidades. Que tipo de governo ele poderia esperar então? Obviamente, é um erro generalizar, mas é a partir da dedução de como é a maioria que, infelizmente, a sociedade de hoje em dia julga o que está nos padrões ou não está.

 Seja como for, eu não acredito que ela esteja sendo abafada pelos ocorridos na França, na Líbia, Síria, Bélgica e qualquer outro lugar que esteja em conflito agora. Acredito, apenas, que nosso governo está fazendo o que sempre fez: deixando informações importantes de lado, quase que desmerecendo o que está ocorrendo. Que diabos poderíamos fazer se o pessoal da França está realmente empenhado em divulgar sua tragédia?! São europeus, sim, Podem possuir mais destaque por isso? Sim. Mas isso não significa que o povo brasileiro seja menos importante; que o nosso governo também não deva veicular os ocorridos e quais as devidas providências que tomará, pela TV, jornal e o escambau.

 Parece até que vivemos com a mesma mídia que Stálin controlava, não?

 Em assuntos assim, não nos serve de nada debater sobre capitalismo ou socialismo, atividades globais, corrupção, tratados de paz, soluções a longo ou curto prazo. Não, de verdade. Nós temos é de refletir sobre o que está acontecendo bem debaixo dos nossos narizes e passar a nos questionar o motivo de não nos comovermos com determinada situação, se estamos tocados por outra. Apesar de saber que existem os que nunca vão se abalar pelo que ocorre com terceiros e nunca com si mesmo, felizmente, os empáticos são maioria.

 Precisam apenas deixar de ser tão hipócritas como estão se mostrando diante de situações assim.

"Todos nós somos resultados do que nós pensamos. O pensamento é tudo. Nós pensamos, nós nos tornamos." ou "Nós somos o que nós pensamos. Tudo que somos surge com nossos pensamentos", em outros textos.


quinta-feira, 12 de junho de 2014

Minhas músicas, meu mundo. #3

 Não sou muito chegada em músicas barulhentas. Prefiro as com mais melodia, com uma instrumentalização legal. Talvez seja por isso que, mesmo amando AC/DC, não é sempre que escuto, deixando essa função para Pink Floyd, que sempre cai bem para mim. De qualquer forma, há uma banda no mundo, que alguns comparam com Linkin Park, que tem uma pegada mais agressiva, ao mesmo tempo que puramente emocional, sensitiva. Misturando dois elementos que eu tenho como os meus favoritos nos gêneros musicais, é Hollywood Undead o meu grupo atual favorito. Pelos mais variados motivos e que, provavelmente, irão deixar essa postagem bem grandinha.


 Comecemos do... Começo. Certo. Eu frequentava uma sala de chat por voz, aka RaidCall, e tinha meus amigos lá. Um dia, meu amigo, Azure Death, lança um link e diz para escutarmos. Eu, curiosa como sempre, fui, cliquei. E me deparei com Hollywood Undead - Paradise Lost lyrics. Naquela época, não havia propaganda no youtube, então o som aconteceu super rápido. Como eu já disse, eu não paro para ficar observando letra de música, então a melodia, as vozes, praticamente tudo tem que chamar minha atenção.
 Esse foi um caso.
 Quem começa cantando é Johnny 3 Tears. J3T, os íntimos. Lembra o que eu disse sobre uma pegada mais agressiva, ao mesmo tempo que totalmente sentimental, sensível e tudo o mais? Pois bem. Essa música me ganhou por isso. Ao final dela, eu fui atrás da tradução e entendi o motivo do Johnny praticamente se esgoelar cantando. Não só fazendo isso, como também depositando todo um sentimento na canção. Depois mistura todo mundo, com um refrão: "Deixe-me queimar. É o que eu mereço! Deus, eu menti, estou perdido aos seus olhos?" Porra, eu posso não parar para analisar uma frase, mas algumas mexem comigo. Como essa, logo no começo: "Eu estou tentando ser o que você morreria para ver." Na moral, um dia farei uma postagem só com frases que eu amo, pelos mais variados motivos. Dai dá-lhe Hollywood Undead, logo aviso!
 Seguindo. Deixei por isso mesmo. Continuei tocando minha vida e depois de um tempo, meu PC deu pau. Levei ao conserto, arrumei, tudo certo. Voltei para casa e como só conhecia "Paradise Lost", fui tratar de baixá-la de novo. Acabei encontrando outras, como Bullet, Been to Hell, Circles, mas a que me ganhou, sem sombra de dúvidas, foi "S.C.A.V.A". Acabei fuçando todos os álbuns e, mesmo sem querer, eu gostei de praticamente TODAS AS MÚSICAS. Sério. 'Tô falando muito sério. Há, no máximo, umas três ou quatro que eu não sou muito fã, que são bem do comecinho do grupo, mas até mesmo as que os outros fãs mais condenam, como "Medicine", ou "My Town", eu gosto, ainda que não saiba cantar muito bem.
 Como terceiro ou quarto passo quando conheço uma banda ou grupo, fui consultar sites, para conhecer os integrantes. Queria saber quem era o dono de cada voz, qual o estilo, o que fazia da vida... E vieram-me os nomes:

  • Jordon Terrell, é Charlie Scene. Seu apelido foi em homenagem ao seu ator favorito, Charlie Sheen. É o único que não usa máscara propriamente dita, mas sim, um lenço cobrindo metade do rosto, com óculos escuros e boné. Se eu não me engano, nos lenços, há as iniciais de seu nome artístico. Seu logo é um rosto marrom, usando óculos ray ban e uma bandana com as suas siglas "CS". Boatos de que ele vive criticando o Da Kurlzz e vice-versa.
  • Matthew St. Claire, que até hoje eu não sei se é de descendência francesa, é o Da Kurlzz. Durante sua infância, seus colegas gozavam de seus cabelos crespos, e por isso, quando a banda estava sendo formada, perguntou a J-Dog: "Por que eu não me chamo Da Kurlzz?" (curly ou kurlzz = crespo, em inglês). Sua máscara é branca com dois lados opostos, um triste e um feliz, sendo um deles com veias que brilham. No seu logo, nada muda. Com os anos, sua máscara sofre algumas mudanças, mas é sempre assim. No começo, nos primeiros álbuns, tinha uns gritos legais, como em "The Natives". (1, 2, 3, UNDEAD REVOLUTION!!!!!!!!!!!!!!!!) Hoje em dia, nas apresentações ao vivo, ele faz tipo um backing vocal, tocando a bateria malandra dele. É adorável e uma fofura.
  • Daniel Murillo é o meu integrante favorito, mesmo que todos os outros também sejam igualmente fodas. Ele é o Danny, olha que coisa simples. Vocalista principal, que fica vermelho quando canta com toda sua força, no palco, mas que é outro que dá o sangue na música. Na minha opinião, ele e Johnny 3 Tears são os que mais depositam seus sentimentos na parada toda. Cantam com emoção, gritam. As veias do pescoço ficam até vistosas, de tanto esforço. Fazem o teatro que for, e conseguem criar uma atmosfera legal com isso. Danny veio para substituir o Deuce, um filho da puta que manjava muito das letras mas que, ao vivo, deixava bastante a desejar. Nesse quesito, eu acho que o Danny o supera facilmente, apesar de eu adorar a voz dos dois. Acho que ele é um dos únicos que tem a cabeça no lugar e é tranquilão com em meio ao povo da banda. Também é incrível o fato de que só o microfone dele costuma dar pau nas apresentações ao vivo, puta merda. Seu logo no Notes From the Underground é uma máscara meio dourada, com uma cruz no olho esquerdo, formada por balas de fuzil, acho. 
  • Jorel Decker, também conhecido como J-Dog é um dos mais carismáticos no grupo, para mim. É ele quem dá todo o ar juvenil, brincalhão. Não sei se ele é o mais novo, mas que é todo serelepe, ah, isso ele é. Não sou muito chegada na voz dele, mas os trechos que ele canta conseguem mexer comigo também. Como: "Ninguém pode me consertar se eu sou parte do problema." Ele era amigo do ex-membro, Deuce, e tem uma música "só para ele", feita pelo mesmo. Parece que foi ele quem fundou a H.U, com o Deuce, e quando os membros quiseram tirá-lo, o J-Dog foi lá e ficou do lado dos outros. Eram tipo melhores amigos, ou seja, a chapa esquentou e o clima ficou estranho. Até hoje o Deuce tem lá suas dores de cotovelo nas músicas, mas não parece que o J-Dog sinta falta dele. Seu logo é um rosto branco com uma nota de dólar na boca, com um cifrão no centro. Sua máscara, nas apresentações, atualmente, é uma de gás, com uma iluminação foda ao redor, que acende, apaga, apaga, acende. Adoro.
  • George Ragan é o nome do rapper mais foda, causador e onipotente desse meio que é o rap rock. E não é na minha humilde opinião, mas as pessoas têm que concordar com o fato de que Johnny 3 Tears canta demais. Tudo bem, eu tenho um amigo que diz que a voz dele é zoada, mas, cara, 'tô pra ver um tom tão rouco e potente assim! Sério mesmo. O outro que tem voz de negão, Funny Man, é igualmente bom, mas como eu disse, preciso ver a pessoa dando a alma quando canta. E esse é o caso do J3T. Eu sinto o ódio nas palavras dele, o amor (dependendo da música, como Circles), o desespero. Absolutamente tudo. E isso me fascina. Aliás, eu falei dele com o Funny Man, e eles vivem brigando. Boatos de que o Johnny já foi parar no hospital por causa disso. Sua máscara é azul, com uma borboleta preta no olho direito e tem um "3" contornando seu olho esquerdo. Normalmente, ele usa um chapéu de marinheiro.
  • Dylan Alvarez, aquele com voz de negão: Funny Man! Pensem num cara com porte e timbre de 50 Cent, só que branco e de bigodinho, até. Então, é ele. Faz umas reboladinhas sinistras nos shows, tem pinta de simpático, mas boatos de que, apesar do apelido, não é bem assim. Para os outros membros, ele é o cabeça-quente do grupo, mesmo que digam que ele também é um doce, desde que ninguém force a barra. Funny usa uma máscara preta, com um pequeno escudo abaixo do olho esquerdo. Quando está usando, parece que só está tapando o rosto. Mas isso não interfere em nada sua fodacidade.
 Eita que o negócio tá ficando grande e eu nem falei das músicas ainda!
 É sempre assim, galera, quando eu 'tô falando de H.U por aí. 'Tá que pros meus amigos eu já mando um zilhão de músicas e eles costumam gostar delas (Beijo Viviany, Angélica, Kennedy, Amanda, Mô, Luana, Allyne, Evelyn, cambada que eu consegui fazer gostar de Hollywood Undead!!!!!!!), mas enfim.
 Vamos por lançamento de álbuns. Minhas favoritas por álbum:
 SWAN SONGS (2008)

Undead


Young


Black Dahlia


City


 Paradise Lost

AMERICAN TRAGEDY (2011)

Been to hell (Live)

Lights Out (Música feita para o Deuce, em resposta a uma, das milhares, que ele fez para insultar o HU)

 Coming Back Down


S.C.A.V.A

NOTES FROM THE UNDERGROUND (2013)


 Sim, eu recomendo o álbum inteiro, hahaha!

 Antes de encerrar o post, eu queria fazer algumas considerações sobre o Deuce. Eu gosto dele, tanto solo, como nas músicas antigas do H.U, e há boatos de que ele saiu do grupo, porque estava envolvido com drogas, comprometendo a produção... Não sei. Só sei que, em grandes partes, eu ouvi o trabalho do H.U ainda com ele. Ou seja, Deuce foi um dos maiores responsáveis por eu ter gostado tanto desse povo. Nada de especial aqui.
 Vejamos... Falei do grupo, falei das músicas... Já fiz minha consideração sobre os caras... E eu só queria dizer que eu venderia um rim, se o HU viesse para cá. Sério. Pela minha liberdade de poder vê-los, pela minha liberdade de ir até lá, ter o dinheiro necessário e ver os caras que simplesmente me tornaram a pessoa mais chata se tratando de música, porque são o melhor nível de comparação, para mim. Se uma banda não está pau a pau com Hollywood Undead, para mim, não me apetece a ponto de parar e ouvir música por música. Eu vivo e respiro rap, juntamente com rock, e esses caras de Los Angeles conseguiram misturar as duas coisas do jeito mais foda possível!
 Momento viada, on.
 Sim, eu sou fã de HU e tudo o que eles fizeram até agora, de um jeito ou de outro, ficará comigo até o fim dos meus dias. Eu sei disso.
 Momento viada, off.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Le Petit Prince

Era um menininho de cabelos dourados, da cor do trigo no campo. Fez grandes amigos, como um piloto de avião que, outrora, adorava desenhar e teve sua aspiração à desenhista, arruinada pelas pessoas grandes, que não compreenderam o que era uma jiboia devorando um elefante; e como uma raposa, falante que só e extremamente afável. Ao fim de sua jornada, ou quase isso, a mesma lhe fez presente de um segredo:


Pensei nisso durante um bom tempo, logo após fechar o livro, respirar fundo e tentar me livrar das lágrimas. Quer dizer, esta é uma obra tanto para crianças, quanto para pessoas mais velhas, já que eu tenho certeza de que, dependendo da época da sua vida, em que você estiver, terá um significado único quando você ler. Ou simplesmente correr os olhos por cada ilustração ou por cinco ou seis palavras de cada capítulo.
É uma história que envolve amizade, basicamente. Um piloto que se perde no deserto, após uma pane no avião. Este mesmo piloto que, quando criança, gostava de desenhar jiboias devorando elefantes e mostrar aos outros. Perguntava aos mais velhos, se a imagem não lhes causava medo. E as pessoas grandes, sérias e ao mesmo tempo tão bobonas, como eram e ainda são, respondiam: "Por que eu teria medo de um chapéu?"


Deixou então uma promissora carreira de desenhista, para trás, por conta de tais frustrações. Dedicou-se à geografia, matemática. Aos números e palavras, já que era o que as pessoas grandes diziam que era o que importava. Com isto, tornou-se piloto. E parou onde foi parar.
Lá, depois de acordar no dia seguinte à pane, topou com um menininho de cabelos louros e roupas... Diferentes. A voz infantil lhe pedia, com fervor: "Por favor, desenha-me um carneiro?"
Mesmo que achasse estranho, o piloto o fez.
Por três vezes, se eu bem me lembro. Porque, o princepezinho, muito exigente, percebia os motivos que faziam um carneiro parecer ou um bode, ou um carneiro doente demais.
Por fim, o piloto, impaciente, desenha-lhe uma caixa.
O menino, então, feliz, agradece! Poderá ter uma bela companhia em seu planeta, o asteróide B612, agora.


Não ficarei narrando a história inteira. Só queria uma introdução simples para mencionar aqui as frases mais lindas do livro, para mim. Tenho o exemplar fininho, todo ilustrado, meu maior xodó:


Anote minhas palavras: ainda comprarei a edição lindíssima onde as figuras se montam, ao abrirmos o livro. Sério! Um dia, quem sabe...
Por fim, contentando-me-ei com as frases. Estas que eu gosto de usar com meus amigos, já que são, para mim, a melhor maneira de expressar o que sinto em relação a eles. Aos realmente bons. Todos que vejo como minhas rosas, a quem cativei; consequentemente, por quem eu sou responsável também.

"Peço perdão às crianças por dedicar este livro a uma pessoa grande. Tenho uma
desculpa séria: essa pessoa grande é o melhor amigo que possuo no mundo. Tenho uma
outra desculpa: essa pessoa grande é capaz de compreender todas as coisas, até mesmo os
livros de criança. Tenho ainda uma terceira: essa pessoa grande mora na França, e ela tem
fome e frio. 
Ela precisa de consolo. Se todas essas desculpas não bastam, eu dedico então esse
livro à criança que essa pessoa grande já foi. Todas as pessoas grandes foram um dia
crianças - mas poucas se lembram disto." (Antoine De Saint-Exupèry, introdução)

"Quando encontrava uma que me parecia um pouco lúcida, fazia com ela a
experiência do meu desenho número 1, que sempre conservei comigo. Eu queria saber se
ela era verdadeiramente compreensiva. Mas respondia sempre: "É um chapéu". Então eu
não lhe falava nem de jiboias, nem de florestas virgens, nem de estrelas. Punha-me ao seu
alcance. Falava-lhe de bridge, de golfe, de política, de gravatas. E a pessoa grande ficava
encantada de conhecer um homem tão razoável."


"Quando a gente anda sempre para frente, não pode mesmo ir longe..." (O Pequeno Príncipe)

"As pessoas grandes adoram os números. Quando a gente lhes fala de um novo
amigo, elas jamais se informam do essencial. Não perguntam nunca: "Qual é o som da sua
voz? Quais os brinquedos que prefere? Será que ele coleciona borboletas? "Mas
perguntam: 
"Qual é sua idade? Quantos irmãos tem ele? Quanto pesa? 
Quanto ganha seu pai?" Somente então é que elas julgam conhecê-lo. Se dizemos
às pessoas grandes: "Vi uma bela casa de tijolos cor-de-rosa, gerânios na janela, pombasno telhado. . . " elas não conseguem, de modo nenhum, fazer uma ideia da casa. É preciso
dizer-lhes: "Vi uma casa de seiscentos contos". Então elas exclamam: "Que beleza!" 

"É triste esquecer um amigo.
Nem todo o mundo tem amigo. E eu corro o risco de ficar como as pessoas grandes, que
só se interessam por números."

"Quando a gente está triste demais, gosta do pôr-do-sol..."

"É tão misterioso, o país das lágrimas!"

"Tomara a sério palavras sem importância, e se tornara infeliz."

"Não soube compreender coisa alguma! Devia tê-la julgado pelos atos, não pelas
palavras. Ela me perfumava, me iluminava... Não devia jamais ter fugido. Deveria ter-lhe
adivinhado a ternura sob os seus pobres ardis. São tão contraditórias as flores! Mas eu

era jovem demais para saber amar." 

"É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas."

"É preciso exigir de cada um o que cada um pode dar. A
autoridade repousa sobre a razão. Se ordenares a teu povo que ele se lance ao mar, farão
todos revolução. Eu tenho o direito de exigir obediência porque minhas ordens são
razoáveis." (O Rei Solitário)

"Tu não és ainda para mim senão um garoto
inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não
tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil
outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para
mim o único no mundo. E eu serei para ti única no mundo..." (A Raposa)

"A gente corre o risco de chorar um pouco, quando se deixou cativar."

"Se tu vens, por exemplo,
às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for
chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada:
descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a
hora de preparar o coração." (A Raposa)

"Os homens esqueceram essa verdade, mas tu não a deves
esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável
pela rosa..." (A Raposa)

Se eu esqueci mais alguma frase, é porque eu estou com o livro nas mãos e fico esquecendo de continuar escrevendo. De qualquer forma, são as minhas favoritas. Incluindo: "Só se vê bem com o coração; o essencial é invisível aos olhos." Tanto que ainda tenho planos de tatuar a jiboia aberta e fechada, com alguma amiga. Ou escrever uma dessas frases.
 Quem sabe...
Sem sombra de dúvidas, posso afirmar que este é um dos meus livros favoritos. Tenho uma meta de relê-lo ao menos uma vez por ano, para ver o que sentirei das próximas vezes.
Haja lágrima, haja coração... E haja despedidas, porque é nisto que consiste a obra.
Ao menos, para mim.

"Se você vem às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz!"

A gente corre o risco de chorar um pouco - ou muito - quando se deixou cativar, não é, Raposa?




domingo, 6 de abril de 2014

Minhas músicas, meu mundo. #2

 Agora é a vez de outra banda que eu achei por acaso e que, bom, eu adorei desde a primeira vez que ouvi: Shinedown.
Não, eu não ligo para gêneros do rock. Divisões, subdivisões e essas chatices todas. Só sei que AC/DC é heavy metal, porque assisti documentários sobre a banda vezes o suficiente para lembrar disto. Ou que Anathema é doom metal, porque é a única banda neste estilo, que eu realmente curto e que eu vi, na wikipédia, certa vez, a qual gênero pertencia. Então, só para ficar bonitinho - e não porque eu ligo ou super entendo de todas essas divisões, subdivisões e etc - eu vos digo que Shinedown é uma banda de rock alternativo, metal alternativo, heavy metal, nu metal, post-grunge e hard rock. 'Tá bonito agora? A poser aqui já pode seguir com o assunto?
 Pois bem.
Não lembro onde foi que eu conheci, nem como, mas lembro qual foi a primeira música. Chamava-se "45", a mesma que, depois de eu ter escutado praticamente a discografia inteira dos caras, virou a minha favorita. A minha queridinha. Lembro de ter ficado meio triste com a melodia e podia até jurar que o Brent Smith (vocalista), demonstrava mesmo um sentimento pesado nos vocais. Então, quando achei a história por trás da canção, bom, eu desabei.
 Do melhor jeito possível, é claro.
As pessoas precisam entender que eu dou valor às letras, à voz de quem canta e à qualidade do instrumental, do som. Shinedown tem tudo isso. Certo, não gosto de tooooodas as músicas, mas se eu disser que há uma única ruim no meio de todas, estarei mentindo. Não entendo nada de "concepção musical" e essas merdas todas, mas posso dizer que é um ótimo som. Uma ótima banda, porque eu gostei. E raramente me dou ao trabalho de falar que algo é "legal", imagine eu dizer que é ótimo ou excelente.
 Então, quando ouvi Shinedown, com 45, achei a letra, a história e a voz do cara, o instrumental do resto da banda, espetacular, passei a ouvir mais frequentemente. Com letras inteligentes e que, quando não são românticas, são críticas em relação a algo, sem sombra de dúvidas, tornou-se um dos grupos atuais (aka geração pós-rock clássico, que é o que eu basicamente respiro, não tem jeito!) que eu mais gosto. Não escuto todo dia, mas quando decido escutar uma, bem raramente, deixo de escutar todo o resto dos álbuns, com as músicas que eu mais gosto.
 Tenho uma música deles, para cada momento. Talvez alguém se identifique com as letras, como eu.
 Ou odeie cada uma delas, como a maioria das pessoas com cérebros entupidos por lixo musical, que eu conheço.

45

45 {Vídeo que mostra, junto com a música traduzida, a história da letra}

Diamond eyes


Her name is Alice


Enemies {A mais "barulhenta" deles, que é minha favorita}


Unity